Sem Glúten e Lactose, mas com boas vendas

Mercado de alimentos e bebidas para pessoas com restrição alimentar cresceu quase 20% em 2015

Fonte: www.sm.com.br

Os alimentos e bebidas destinados a pessoas que têm algum tipo de intolerância, como ao glúten e à lactose, cresceram 19,8% em faturamento no ano passado em relação a 2014. Os dados são da consultoria internacional Euromonitor. Entre os fatores que contribuíram para a alta está a diversificação do mercado.

Até dois anos atrás, havia demanda reprimida por esse tipo de produto. As opções se resumiam basicamente ao leite longe vida. Hoje, é possível encontrar doce de leite, queijo, iogurte e creme de leite, como explica Renata Benites Martins, analista de pesquisa da Euromonitor.

O público desses produtos também está crescendo. Se antes os alimentos isentos de glúten ou lactose eram consumidos apenas por quem tinha intolerância, atualmente também atendem às pessoas que procuram uma alimentação mais saudável. O público A e B predomina, mas a procura cresce em outros segmentos. “A classe C também consome esses itens por conta do aumento da exposição nas gôndolas”, explica a executiva.

Com seis lojas na capital paulista, o Emporium São Paulo, oferece cerca de 1.500 itens entre isentos de glúten e lactose, além de orgânicos. Segundo Andrea Veiga, gerente de marketing, as tapiocas e massas são os campeões de vendas, com crescimento médio de 10% no ano passado. Já leite registra alta de 8%.

No Grupo Muffato, 47 lojas no Paraná e interior de São Paulo, as vendas de produtos para quem tem intolerância alimentar subiram 77% no ano passado sobre 2014. Ao todo, são 120 itens no segmento. O que mais cresceu foi o cream cracker Schar, com alta de 339% em 2015, afirma Adilson Corrêa, gerente comercial. Já o Palato Supermercado, três lojas em Maceió, observou um aumento de 32%. A rede tem mais de 100 SKUs à disposição do cliente.

A pesquisa do Euromonitor estima que até 2020 os produtos para quem tem intolerância alimentar crescerão 32%. Afinal, a procura por itens associados à saudabilidade continuará aumentando. Para este ano, os supermercados esperam boas taxas de crescimento. O Emporium acredita em alta de 13%, enquanto o Palato e o Muffato estimam 25% e 40%, respectivamente.