DE EOSTRE A EASTER: RESSIGNIFICAÇÃO DE UM CULTO PAGÃO NA INGLATERRA MEDIEVAL?

DE EOSTRE A EASTER: RESSIGNIFICAÇÃO DE UM CULTO PAGÃO NA INGLATERRA MEDIEVAL?

Nathany Andrea Wagenheimer Belmaia*

* O trabalho é fruto da dissertação de mestrado defendida pela autora em 2016, intitulada “De Pessach a pascha, de Eostre a Easter: um estudo da normatização e das ressignificações da Páscoa no mundo antigo e medieval”.

Resumo: No início do século VIII, em De Tempora Ratione, o monge Beda, o Venerável, apresentou uma relação que vinculou o mês de abril do calendário inglês antigo com Eostre, uma provável deusa da primavera, cujo culto teria sido ressignificado pela Páscoa cristã. Devido à falta de outras evidências que atestassem essa adoração, Beda foi por vezes acusado de invenção dessa relação, que criara uma fantasia etimológica em torno de uma influência pagã em uma das maiores festividades do calendário litúrgico da Igreja medieval. No entanto, quais elementos podem ser considerados no estudo dessa asserção de Beda? Com o auxílio da linguística, da relação etimológica com as placas das Matronae Autriahenae e da carta do Papa Gregório I para a missão de Agostinho no sul da Grã- Bretanha em 600 d.C., o intento do presente trabalho é investigar a possibilidade da existência do culto à Eostre e sua ressignificação pela Páscoa cristã na Inglaterra dos séculos VII e VIII.

Palavras-chave: Páscoa; Eostre; ressignificação; matronas; Austriahenae.

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