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BRASIL EM 50 ALIMENTOS

Publicação comemorativa aos 50 anos da Embrapa apresentando 50 alimentos produzidos no Brasil. Os alimentos foram escolhidos considerando sua importância econômica e social, e, particularmente, a contribuição da ciência brasileira em seu desenvolvimento.

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ESTUDO USP MOSTRA QUE CHOCOLATE MELHORA SAÚDE DE IDOSOS COM CÂNCER

“No final do estudo, observamos que os índices das avaliações nutricionais foram aumentados significativamente. A elevação teve significância clínica e não houve indivíduo classificado como desnutrido após a intervenção, evidenciando que, possivelmente, a intervenção pode ser capaz de reduzir a perda de peso em pacientes com câncer em estágio avançado”, relatou Josiane Cheli Vettori, nutricionista e autora principal do estudo.

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Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de São Paulo apontou que o consumo de chocolate melhorou a saúde de idosos em estágios avançados de câncer. Publicado na BMC Palliative Care, o trabalho sugere que o consumo de chocolates contribui para melhorar o estado nutricional e a funcionalidade dos pacientes, bem como ajuda a diminuir os sintomas de dor.

A pesquisa contou com 46 pacientes idosos, com idade média de 67 anos, que estavam sob cuidados paliativos no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto. Todos os voluntários receberam tratamento padrão e foram divididos em três grupos: um de pessoas que não comeram chocolate, outro de voluntários que consumiram 25 gramas diárias de chocolate com 55% cacau e o último, no qual os participantes receberam a mesma quantidade de chocolate branco.

Eles consumiram as porções diariamente, ao longo de quatro semanas, e foram avaliados antes e depois deste período. Cerca de 44% dos pacientes estavam em risco de desnutrição ou desnutridos antes do início do trabalho.

A pesquisadora acrescenta que a memória afetiva proporcionada pelo alimento também foram um fator positivo para a melhoria do estado de saúde dos pacientes. O chocolate foi escolhido para a realização do estudo devido à sua história na sociedade e por já ter benefícios comprovados para a saúde cardiovascular.

FONTE: https://www.metropoles.com/saude/estudo-da-usp-mostra-que-chocolate-melhora-saude-de-idosos-com-cancer

Chocolate amazônico da De Mendes recebe aporte e vai chegar ao varejo

César De Mendes, chocolatier

César De Mendes, chocolatier

César de Mendes sempre acreditou que o gosto amargo do avanço do garimpo e da pecuária extensiva na Amazônia pudesse ser rebatido com uma espécie endêmica da região e seu produto mais conhecido: o cacau amazônico e o chocolate.

Foi essa convicção que o levou a fundar a Chocolate De Mendes, em 2014. A empresa produz chocolates finos, sempre com cacau nativo, encontrado na natureza ou plantado em sistemas agroflorestais, que preservam a floresta. A ideia original de De Mendes estava certa: o chocolate recebeu prêmios no exterior, e o sucesso se traduziu em impacto direto na vida de 3,5 mil pessoas, que passaram a ter uma atividade econômica aliada à preservação ambiental e ajudam na conservação de 300 mil hectares de floresta.

Mas faltavam recursos para dar o passo seguinte.

Depois de algumas tentativas frustradas para conseguir sócios investidores, no final do ano passado De Mendes finalmente encontrou um parceiro com quem “o santo bateu”.

A companhia recebeu um investimento de R$ 1,5 milhão da aceleradora de negócios de impacto CBKK, que tem como um dos investidores Marcello Brito, que até o fim do ano presidiu a Associação Brasileira do Agronegócio (Abag) e é engenheiro de alimentos de formação.

O plano é que a CBKK venha a ter 50% do capital da empresa, mas não há um prazo definido para isso. A aceleradora também não revela que porcentagem da De Mendes detém hoje.

O objetivo do aporte é ampliar o alcance da empresa tanto do lado de seus fornecedores –incluindo povos indígenas e comunidades ribeirinhas raramente atingidos pelo desenvolvimento econômico – quanto na abertura de novos mercados.

Com mais fontes de cacau, a De Mendes espera passar de pouco mais de 1,5 tonelada produzida mensalmente (segundo as projeções deste ano) para 5 toneladas.

As vendas, que até o ano passado eram realizadas no Mercado Livre, agora também são feitas no próprio site, que foi reformulado e ganhou uma nova identidade visual. E a companhia também está estreitando contatos com varejistas e exportadores. Há um mês foi fechada a primeira exportação das barras para os Estados Unidos.

Uma meta ambiciosa da empresa é a de impactar até 50 mil pessoas, contribuindo para a conservação de 1 milhão de hectares de floresta até 2025. “Mas este é apenas um norte. Antes disso precisamos fortalecer e aperfeiçoar a estrutura que já temos”, afirma Andrea Apponi, COO da CBKK e que hoje está 100% dedicada ao projeto da De Mendes.

Chocolates De Mendes

Chocolates De Mendes

Chocolatier Mateiro

Para De Mendes, que se define como um “chocolatier mateiro”, a chegada do sócio-investidor vai permitir que ele se concentre em uma das partes do trabalho que mais gosta: criar novas receitas e entrar mata adentro em busca de novas fontes de cacau.

“Minha rotina é ir nas vilas, nas aldeias, ficar andando pela floresta. Vou com o pessoal em mata fechada, com botas altas, um facão, um cesto e com olhos e ouvidos atentos”, afirma ele.

Além de trabalhar somente com plantas nativas, a De Mendes produz chocolates “single origin”. São barras que contêm somente um tipo de cacau e expressam as características das terras e da variedade daquela matéria-prima.

A mais exclusiva é a Yanomami-Ye’kwana (69% cacau), feita de uma variedade de cacau ainda não-identificada e que é encontrada em uma aldeia Yanomami em Roraima.

O chocolate “tem sabor prolongado, notas de amêndoas e de banana. Uma experiência muito marcante”, afirma o chocolatier De Mendes. Não à toa é a barra mais cara: 50 g estão a R$ 50.

Encontrar mais variedades – ou novos terroirs – é uma das chaves para crescer. Essa ideia se mistura com outra, que envolve uma questão de reconhecimento, segundo De Mendes. O cacau é originário da Amazônia, mas países como Bélgica e Suíça ficam com a fama.

“O cacau é um tesouro nativo da Amazônia, mas por que não reconhecemos o chocolate como brasileiro? Porque a indústria usa a fruta brasileira para fazer chocolate europeu. Os ingredientes, o modo de fazer e o produto final, tudo é europeu”, afirma o chocolatier.

Rastreabilidade

A De Mendes não é a única empresa que procura estabelecer um negócio sustentável baseado no cacau amazônico. Para ficar em dois exemplos, a chocolatier Luisa Abram tem um modelo mais artesanal, enquanto a Danke, de Ernesto Neugebauer, já nasceu em busca de escala, com base em vendas no varejo.

Apponi acredita que a remuneração oferecida aos fornecedores pode ser um dos diferenciais da empresa – e não só no valor pago por quilo de cacau.

Em parceria com o Instituto Socioambiental (ISA), a companhia está desenvolvendo um programa de treinamento em regiões com indígenas.

“Nossos colaboradores são populações extremamente vulneráveis e ameaçadas. Queremos capacitar essas pessoas, principalmente os mais jovens, propondo o cacau como uma alternativa frente ao garimpo ilegal”, afirma Apponi.

Outra iniciativa é ter uma rastreabilidade completa de cada barra de chocolate. Usando blockchains, a tecnologia por trás das criptomoedas, a De Mendes quer que o comprador de cada barra tenha a informação completa do que tem nas mãos.

“A ideia é que ele possa checar a localização, quem colheu [o fruto] e até veja a foto do cacau que foi usado na barra que ele está comendo.”

Apponi também menciona um certificado de neutralização de carbono. A cada chocolate vendido estaria associada uma compensação das emissões de gases de efeito estufa de um dia do consumidor. O projeto está sendo desenvolvido com a ZCO2, do grupo AmazonasCoin.

Na Gôndola

A demanda por esses chocolate bean to bar (da amêndoa à barra) vem aumentando a despeito da crise, informa a Associação Bean to Bar Brasil (ACCB).

Segundo um mapeamento da entidade, em conjunto com o Sebrae Nacional, já existem no país ao menos 147 fabricantes deste tipo de chocolate, concentrados principalmente no Pará e na Bahia, e que iniciaram a sua produção entre 2019 e 2020.

Todo esse esforço da De Mendes de nada terá adiantado se os apaixonados por chocolate não conhecerem – ou não encontrarem – os produtos da empresa. Distribuição e comunicação são dois focos importantes da CBKK neste ano.

A companhia vai buscar certificações que estão em alta demanda, como o de produtos veganos, orgânicos ou sem glúten. Segundo Apponi, esses três selos distinguirão a De Mendes de uma série de chocolaterias que já pululam na região Norte e na Bahia, principal polo produtor de cacau do país.

Além das vendas diretas pela internet, até o fim do primeiro semestre as barras criadas pelo chocolatier mateiro estarão disponíveis na seção Caras do Brasil dos mercados do Grupo Pão de Açúcar. Outra frente é aumentar os mercados externos além dos atuais Japão e Estados Unidos.

diretas pela internet, até o fim do primeiro semestre as barras criadas pelo chocolatier mateiro estarão disponíveis na seção Caras do Brasil dos mercados do Grupo Pão de Açúcar. Outra frente é aumentar os mercados externos além dos atuais Japão e Estados Unidos.

Em sua sede, às margens da Baía da Ilha de Marajó, a Chocolates De Mendes recebe cestos de cacau que chegam de todos os cantos da Amazônia, por todo tipo de meio de transporte: barco, avião, carro e até a pé.

Esse contato direto com a população que vive na Amazônia é a razão de ser da empresa e é inegociável, afirma De Mendes. “É claro que queremos crescer, mas esse crescimento não pode ser às custas de deturpar a nossa identidade.”

“No médio prazo, queremos trabalhar com mais fornecedores e, portanto, acumular mais floresta conservada”, diz Apponi. “Por isso esse negócio é tão fascinante. Para crescer, os chocolates comuns derrubam florestas; nós só podemos escalar o negócio preservando a floresta em pé.”

FONTES:

TEXTO: https://www.capitalreset.com/chocolate-amazonico-da-demendes-recebe-aporte-e-vai-chegar-ao-varejo/

IMAGENS: @chocolatesdemendes

Chocolate (cacao-free) – INSANIDADE ALIMENTAR

A start-up britânica WNWN Food Lab desenvolveu um substituto de chocolate com baixo teor de açúcar, sem cacau, à base de cevada e alfarroba que produz uma pegada de carbono 80% menor do que o chocolate tradicional, de acordo com os cofundadores Johnny Drain e Arhum Pak. O primeiro produto da WNWN é um chocolate amargo sem laticínios, e uma alternativa ao chocolate ao leite está em desenvolvimento.

É inacreditável a tentativa da substituição de alguns produtos tradicionais e verdadeiros por outros que não apresentam absolutamente nada do produto original. Como podemos denominar algo feito a partir de cevada e alfarroba de chocolate? É um DESAFORO dizer que é um substituto do chocolate, e ainda denominar de chocolate amargo. Os órgãos legisladores e fazedores de chocolate precisam agir de forma rígida neste tipo de INSANIDADE ALIMENTAR. 

A matéria foi divulgada no CONFECTIONERY NEWS, link na fonte.

Fonte: https://www.confectionerynews.com/Article/2022/05/11/alt-choc-cacao-free-chocolate-alternative-mimics-the-real-thing-with-80-fewer-co2-emissions

CHOCOSONO – Chocolate com melatonina promete noite de sono tranquilo

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A caixa do produto contém 10 gotas de chocolate com 0,21 miligramas de melatonina por unidade.

Imagine comer um chocolate de sobremesa após o jantar e horas depois, ter um sono tranquilo de oito horas. Esta é a proposta do CHOCOSONO, que desenvolveu gotas de chocolate com melatonina. Quem está por trás, é a health tech de bem-estar The Men’s & The Ladies. Além do CHOCOSONO, a empresa possui gomas com melatonina e cosméticos para cabelo e barba.

A ideia do chocolate surgiu enquanto a namorada do co-fundador da The Men’s, Danilo Bertasi, consumia chocolate durante o período de TPM. “Ela já usava a Sleep Gummy, para acordar mais disposta, mas toda vez que tinha TPM, comia chocolate, que é uma caloria vazia. Então pensei em juntar o chocolate com a melatonina”, conta Bertasi.

A caixa do produto contém 10 gotas de chocolate com 0,21 miligramas de melatonina por unidade. O recomendado pela Anvisa é o consumo referente a uma gota por dia. Porém, Bertasi recomenda aos clientes testar a dosagem, entre 1 a 2 mg por dia, ou de 5 a 10 gotas de chocolate.

Já a dosagem de melatonina na Sleep Gummy é dez vezes maior do que o chocolate e é vendida apenas sob prescrição médica.

Lançado na semana passada, as 1.700 unidades disponíveis já foram vendidas. Por enquanto, o produto está esgotado, mas 15 mil unidades serão repostas dentro de 20 dias. Duas caixas, com 10 gotas cada custa 29,90 reais.

“O Chocosono é para um momento de estresse e cansaço. Ajuda na produção de dopamina e serotonina. O chocolate e a melatonina são produtos complementares”, diz o empresário.

Há cerca de 7 meses a empresa recebeu investimento de cerca de 5,6 milhões de reais da Eurofarma e da Adventures, com o intuito de expandir o portfólio e crescer em outros segmentos tais como sono, saúde sexual e mental.

Há cerca de 7 meses a empresa recebeu investimento de cerca de 5,6 milhões de reais da Eurofarma e da Adventures, com o intuito de expandir o portfólio e crescer em outros segmentos tais como sono, saúde sexual e mental.

Com vendas somente através do e-commerce, em breve, o chocolate poderá ser encontrado nas unidades da Drogaria Iguatemi, em São Paulo.

COMENTÁRIO:

Nos causa estranheza o fato do “clain” não está descrito no painel frontal da embalagem, ficando por conta do consumidor entender que a marca CHOCOSONO traduz o benefício. Nos parece, que por falta de uma autorização legal do apelo de saúde por parte da ANVISA, a empresa partiu para uma solução mercadológica. Precisaríamos ver o que consta no verso da embalagem para podermos melhor entender.

“O CHOCOLATE DOS SEUS SONHOS”, slogan descrito no painel frontal, não necessariamente expressa que o produto tem um benefício de saúde, podendo ser aplicado a qualquer chocolate para expressar simplesmente “desejo”.

Fonte: https://exame.com/casual/chocolate-com-melatonina-promete-noite-de-sono-tranquilo/ – Acesso em 07 maio 2022

HOLANDESES PROJETAM O FORMATO PERFEITO PARA O CHOCOLATE

Porcentagem e qualidade do cacau, ingredientes, crocância, textura. Diversos fatores podem influenciar na qualidade de um chocolate. Mas, para além desses, cientistas holandeses investigaram um outro critério que pode ser vital para a experiência: o formato do produto.

Pesquisadores da Universidade de Amsterdã, Delft University e Unilever, na Holanda, descobriram que a sensação de mastigar o chocolate pode ser projetada para ficar ainda mais prazerosa.

Os cientistas criaram um um protótipo exótico feito de chocolate, e na sequência, fizeram uma série de estudos para entender como funciona o processo pós mordida do alimento.

Não parece, mas é um processo complexo, que inclui os ângulos de mastigação e em quantos pedaços ele deve quebrar para ser perfeito. Outro ponto importante é como acontece sua dispersão na boca após o impacto.

Segundo pesquisadores, o simples ato de aquecer e resfriar pode transformar um chocolate macio em um chocolate muito mais quebradiço, ou vice-versa. É o que a gastronomia chama de “temperagem” de chocolate, que pode alterar sua textura. Este foi o primeiro ponto a ser resolvido.

Para começar, os cientistas aqueceram chocolate cuidadosamente e foram adicionando chocolate frio para resfria-lo novamente. Após o processo, o alimento foi colocado em uma impressora 3D. Nela, os pesquisadores imprimiram algumas formas do chocolate.

A primeira dessas formas, como você pode ver na imagem abaixo, foi feita em formato “mola” — ou um intestino, como queira –, como você pode ver abaixo. O objetivo era testar como esse material quebraria, e como essa quebra seria sentida na boca.

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Segundo os pesquisadores, quando o chocolate foi pressionado de cima, ocorreram muitas rachaduras. Mas, quando pressionado na direção perpendicular (com um ângulo de 90° entre dente e chocolate) foi notado apenas uma única rachadura.

O teste mostrou que a melhor sensação foi com a primeira mordida, com várias rachaduras. Afina, as pessoas tendem a gostas de coisas que estalam na boca, algo que dá a sensação de crocância.

Diante desse resultado, os pesquisadores chegaram a conclusão que é possível projetar alimentos e chocolates que trazem essa sensação e tenham esse tipo de formato.

Segundo comunicado da universidade de Amsterdã, este é o primeiro estudo já realizado com um material comestível do tipo. Quanto tempo vai demorar até que você tenha chocolates com essa aparência nas plateleiras do mercado, ainda é muito cedo para dizer. Mas uma coisa é fato: já temos pistas de como tornar o chocolate ainda mais gostoso.

Fonte: https://gizmodo.uol.com.br/holandeses-projetam-o-formato-perfeito-para-o-chocolate/