A DIFICIL MISSÃO DAS LIDERANÇAS EM TEMPOS DE CRISE

Por: Jacob Cremasco

A vida é feita de ciclos e entre esses muitos que a vida nos oferece, temos momentos de crise, como este agora durante essa terrível pandemia, que nos afetam a todos.

Nesses momentos as lideranças são questionadas a todos os momentos, até porque a grande maioria não sabe o que fazer em situações como a que estamos vivendo, pois muitas perguntas ainda não têm respostas, sendo a principal delas: Quanto tempo mais vai durar tudo isso? Como será o pós-crise? E o comportamento do consumidor voltará ao normal? E o endividamento do País comprometerá o futuro?

Mesmo sem respostas, as lideranças precisam tomar decisões concretas, rápidas e se assertivas ou não, veremos em breve e se necessário, corrigir a rota durante o encaminhamento de tais medidas.

A omissão ou postergação de ações podem sim comprometer o futuro do negócio.

Sempre é difícil tomar medidas duras, é mais fácil pensar na estratégia do negócio, na melhoria das vendas e do resultado, principalmente quando falamos em redução de estrutura de pessoal e até eliminar áreas que naquele momento não estão agregando valor ao negocio da empresa.

Existe uma regra simples em gestão: O que não agrega valor para o negocio nesse momento, está agregando custo!

As parcimônias nessas situações podem comprometer a busca para sair vivo da crise, se você não tem coragem para executar, contrate alguém que a tenha e delegue para que se faça o que deve ser feito!

O líder deve se guiar a todo tempo pelos exemplos dados ao Time, no momento em que você convoca todos a mudarem de posição e refletirem sobre o negócio e o que deve ser feito, colocando celeridade para com todos, se cuide para segurar ações duras que vierem te propor, pois a decisão de não aceitar ou pedir mais análise e consequências, comprometerá o sucesso de ações relevantes que não mais chegarão até você, pelo desestimulo a quem está te propondo.

Não devemos ter pesos e medidas diferentes, se estamos falando em redução de custos de curto prazo, devemos fazê-lo, é o que o momento nos exige e assim deve ser feito.

Momentos críticos exigem retidão e firmeza do líder, que em alguns momentos deve se colocar como “comandante” e estar à frente, verdadeiramente no front, apoiando e dando direção ao seu time.

Manter falsas expectativas que o tudo vai melhorar e os negócios literalmente afundando, é o começo do fim de qualquer organização.

O momento nos exige atuarmos com dados e fatos, com a realidade dos números e além de questionar e pedir relatórios para analises detalhadas, é fazer sim o que deve ser feito e, rápido!

O tempo é uma matéria prima essencial nesse momento, sendo essa inelástica, portanto, execute, de forma cirúrgica e inequívoca!

Se for se emocionar com as decisões, faça de forma reservada, mantenha perante o Time, o semblante sereno e determinado, demonstrando total segurança, mesmo que não a tenha!

Quando esse ciclo se for, sairemos todos mais fortalecidos e terás uma passagem verdadeira da sua vida profissional para avaliar os seus erros e acertos, além de que uma aprendizagem que a levará para a toda a sua vida.

Você além de construir as marcas da sua corporação, estará também construindo a sua própria marca como líder e serás respeitado não pelas duras atitudes tomadas, mas sim, pelo resultado que conseguiu!

O sucesso dos lideres que sempre recordamos e nos servem de exemplos, tem por de trás passagens semelhantes a esse momento, podemos nominar uma série deles até muitas vezes questionados, desde: Sir Winston Churchill na segunda guerra mundial, Lee Iacocca com a Ford e Chrysler, passando por Margareth Thatcher na Inglaterra, e até Abílio Diniz quando o Pão de Açúcar praticamente quebrou.

As lideranças podem ser criticadas por atitudes radicais e até mal pensadas na fotografia da época, mas todos assumirão logo à frente, se não fosse radical e firme nas suas decisões e propósitos, o negócio não teria sobrevivido.

Não cortem somente o cafezinho, mas sim, áreas e departamentos inteiros que não estejam comprovadamente entregando o que deve ser entregue.

O pior voo não é aquele que atravessa as piores turbulências, perde parte da fuselagem, mas pousa com alguns feridos a bordo, mas sim, aquele não chega ao seu destino!

Se ainda tiver duvida e está inseguro, assista ao filme “Sully: o Herói do Rio Hudson”; em uma cena muito forte, quando ficam sem os dois motores do avião, ele diz ao copiloto: Vamos pousar na agua; eu assumo!

Assumamos o manche, sejamos não somente lideres, mas sim comandantes para atravessarmos as piores turbulências, mas que consigamos mesmo com arranhões, sobreviver aos tempos atuais!

Bom comando!

CREMASCO CONSULTORIA CORPORATIVA E NEGOCIOS EMPRESARIAS LTDA.

Junho/21